Acumulando um faturamento de cerca de US$ 1 bilhão nas exportações no ano passado, o setor de rochas brasileiro busca padronização de requisitos e métodos de ensaios para seus produtos.
Num mundo globalizado, como o atual, a uniformização de padrões empresariais é fator de extrema importância. O setor de rochas ornamentais brasileiro que há décadas ultrapassa as fronteiras do país enviando seus produtos para os cinco continentes, virou foco de comitê técnico desenvolvido pela Organização Internacional de Padronização (ISO): o CT Natural Stones (Rochas Naturais). Presente em 164 países, a ISO é representada em cada um deles por um Organismo Nacional de Normalização, no caso do Brasil, é a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Associado à ABNT e representante nacional das empresas exportadoras de rochas ornamentais, o Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) integra a Delegação Brasileira no Comitê Técnico para Normalização de Rochas Naturais, por meio da CEE-187 (Comissão Especial de Rochas Ornamentais da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT) e atua como membro participante, onde atua como contribuidor junto aos grupos de trabalho dessa comissão e tem direito a voto nas decisões a serem tomadas. A CEE-187/ABNT tem como objetivo especificar terminologia, requisitos, métodos de ensaios e generalidades sobre rochas ornamentais.
Primeira reunião reuniu membros de vários países
Nesta quinta-feira, 14 de janeiro, aconteceu a primeira reunião do grupo Natural Stones (CT 327 – Rochas Naturais) formado por 13 membros, de 10 países diferentes, e 9 membros observadores. A superintendente do Centrorochas, Alessandra Bertolani, representou a entidade no encontro virtual que contou também com a participação de outros membros da delegação brasileira. Entre eles, a chefe da delegação nacional, Nuria Fernández Castro, Abiliane Andrade Pazeto e Mônica Castoldi Borlini (CETEM); Carlos Rubens de Alencar (Head Participações e presidente do Simagran-CE); Eduardo Lima (ABNT); Maria Heloisa Frascá (MHB Serviços Geológicos) e Eduardo Brandau Quitete (IPT).
O grupo Natural Stones tem como escopo as definições, requisitos e métodos de ensaio para pedras naturais relacionadas com blocos brutos, lajes, produtos semi-acabados e acabados destinados à utilização na construção e em monumentos.
Secretaria: American National Standards Institute (ANSI)
Gerente do Comitê: Sr. Jason Knopes
Presidente (até o final de 2025): Sr. Chuck Muehlbauer
Gerente de programa técnico ISO (TPM): Dra. Anna Caterina Rossi
Gerente de programa editorial ISO (EPM): Mme Mercè Ferrés Hernández
Data de criação: 2020
Materiais compostos
A ISO criou também o Comitê Técnico Engineered Stones (CT 328 – Rochas Artificiais), no qual o Centrorochas também ocupa um assento. Com atuação focada em acompanhar as discussões para resguardar e proteger o uso das rochas naturais, a entidade atua como observador dos trabalhos da comissão. A reunião deste comitê, que é formado por participantes de 7 países, aconteceu em dezembro e contou com a presença do vice-presidente do Centrorochas, Fabio Cruz.
O grupo tem como escopo as definições, requisitos e métodos de teste para pedras de engenharia com aglutinantes de resina ou cimento ou uma combinação dos dois, destinados ao uso em bancadas e vaidades, revestimentos de piso e parede, usos auxiliares, para interior e exterior.
Centrorochas
Fundado em 2004, em Vitória, capital do Espírito Santo, maior estado produtor e exportador de rochas ornamentais do Brasil, o Centrorochas atua diretamente nos trâmites relacionados à presença do empresário brasileiro no exterior, bem como com a visibilidade internacional dos produtos nacionais no mercado internacional, combinada com atividades comerciais e operacionais relativas ao desenvolvimento do setor de rochas no mercado brasileiro.
Segundo Alessandra Bertolani, a atuação direta da entidade na Comissão Especial de Rochas Ornamentais da ABNT contribui para a competitividade das empresas no mercado mundial. “A associação tem atuação direta junto aos exportadores de rochas brasileiros e acompanha de perto a relação deles com quase todas as culturas, vivendo cotidianamente em diferentes cenários socioeconômicos. A padronização é um elemento essencial, pois criará oportunidades iguais a pessoas diferentes, de culturas, crenças, hábitos e línguas diferentes”, destacou.
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