Apesar de estar sofrendo com os reflexos da falta de espaço em navios e disponibilidade de contêineres desde o início do ano, o setor de rochas ornamentais nacional comemora o resultado obtido com as exportações até agosto. Segundo dados do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), divulgados esta semana, no término do segundo quadrimestre de 2021, o segmento de rochas naturais brasileiro fechou as exportações com evolução de 39,34%, em comparação ao mesmo período do ano passado, acumulando em vendas diretas U$S 831,8 milhões e 1,5 milhão de toneladas de produtos embarcados.
Destaque para as vendas de blocos de mármores e similares, chapas e outras peças de mármores crescendo frente ao ano anterior, respectivamente, 78,86% e 51,42%, no acumulado do ano, mostrando um aumento pela demanda internacional destes materiais. Em agosto, os Estados Unidos, um dos oito mercados prioritários para atuação do It’s Natural – Brazilian Natural Stone, projeto resultante do convênio setorial firmado entre o Centrorochas e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o objetivo de ampliar as exportações das rochas ornamentais brasileiras no mercado internacional, permaneceram na liderança dos destinos mais frequentes dos produtos brasileiros, respondendo por aproximadamente 50,6% das exportações.
Segundo dados do Relatório de Estatísticas de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, o porto mais utilizado para escoamento dos materiais beneficiados em agosto foi o do Rio de Janeiro (110,3 mil toneladas) representando 76% de todo material enviado ao mercado internacional, seguido pelo Porto de Santos, responsável por 15% e 21,37 mil toneladas do total. Já o Porto de Vitória, no Espírito Santo, foi responsável por 65% do embarque dos materiais brutos, acumulando em 42,57 mil toneladas de rochas naturais, enquanto Fortaleza escoou 14% do total e 9,4 mil toneladas.
“O Centrorochas tem atuado em parceria com o Sindirochas, maior sindicato patronal do setor no país, junto aos atores envolvidos no processo de escoamento das exportações, bem como com autoridades públicas, na busca de soluções que a curto prazo possam reduzir os efeitos sentidos. Em junho deste ano, realizamos uma pesquisa entre os empresários que apontou impacto de cerca de 35% no volume exportado naquele mês. A expectativa é que essa situação seja contornada apenas em 2022, mas, apesar de todo cenário, os exportadores brasileiros têm sido resilientes e contribuído com o registro de ótimos números para o país”, apontou Tales Machado, presidente do Centrorochas.
Maiores estados exportadores
Em parceria com o Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas), o Centrorochas divulgou também os dados por região. Em agosto, o Espírito Santo manteve sua liderança como maior exportador do Brasil registrando US$ 118,4 milhões, concentrando aproximadamente 84,7% de todas as vendas realizadas para o exterior; destes, 75% têm os Estados Unidos como destino. Minas Gerais vem na sequência como segundo maior representante brasileiro do segmento, acumulando aproximadamente 7,7% das exportações, elevando ainda mais a força das ardósias brasileiras nos mercados do Reino Unido e norte-americanos.
Espírito Santo: líder nacional de rochas
Acompanhando o movimento do país, o Espírito Santo evoluiu entre janeiro e agosto de 2021. O estado, maior produtor e exportador brasileiro, registrou alta de 39,84% em valor e 9,20% em peso, mostrando um crescimento orgânico em valor agregado dos materiais exportados de 28,06% no preço médio.
Foto: Divulgação Levantina
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