Atores do processo de exportação no ES se unem para solucionar crise logística no sistema portuário local

Em razão das dificuldades encontradas no processo de exportação de contêineres pelo Terminal de Vila Velha (TVV), agravado neste mês de março, o Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), após inúmeras iniciativas junto aos principais atores que compõem esse modal logístico, solicitou apoio ao Governo do Espírito Santo para cobrar providencias dos órgãos responsáveis.

Em atendimento ao pleito, durante reunião realizada no dia 26 de março, no Palácio da Fonte Grande, em Vitória, o vice-governador Ricardo Ferraço, coordenou a agenda que contou com a participação da diretoria da Vports (autoridade portuária), do Terminal de Vila Velha (TVV), diretoria da MSC, e dos principais clientes do terminal de contêiners do Estado representados pelas entidades: Centrorochas, Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Câmara de Comércio de Café (CCCV) e Sindicado dos Despachantes Aduaneiros (Sindaes).

Ferraço iniciou a agenda enfatizando a importância da resolução conjunta de desafios de grande magnitude, destacando que a união de esforços leva a conversas mais assertivas e soluções mais rápidas. “Somos parte do mesmo problema e isso nos torna parte da mesma solução, estamos aqui reunidos para chegar até ela”, afirmou sugerindo a criação de um comitê de crise.

O presidente do Centrorochas, Tales Machado, compartilhou as necessidades do segmento e solicitou auxílio para solucionar as principais questões para a exportação das rochas naturais via Porto de Vitória / Terminal de Vila Velha. Como são ações que necessitam da interlocução entre vários agentes para buscar melhorias contínuas, ele sugeriu a reativação de um Comitê, utilizado em diversos momentos de crise no passado.

Foi diagnosticado pelas partes, que problemas de naturezas distintas levaram a operação de movimentação de contêineres próxima ao colapso. Segundo o diretor comercial da MSC do Brasil, Laurent Van der Voo, a falta destes equipamentos acontece pelo aumento de demanda por contêineres de 20 pés em virtude do aumento das exportações de café e rochas naturais e pelos conflitos geopolíticos que tornam a logística mundial mais complexa. Conforme destacou a MSC, a situação será minimizada com recebimento de navios carregados com contêineres vazios. O TVV por sua vez, vem operando com alto índice de ocupação e negocia com a Vports a agregação de uma nova área para desafogar sua operação, além de estar realizando uma grande manutenção para cumprimento de exigência contratual. Entre outros, esse conjunto de situações impactam os processos dos usuários do terminal.

Para buscar minimizar os problemas, foi instituído um Comitê de Crise com o intuito de melhorar a comunicação entre as partes e buscar soluções com participação de todos os envolvidos, inclusive com representante do Governo do Espírito Santo. O primeiro encontro do Comitê de Crise acontecerá na próxima semana com pauta pré-aprovada: ações para diminuir a espera de até 7 dias para a entrada dos contêineres no porto. O Centrorochas seguirá firme na busca de soluções!